O Amazonas não tem mais febre aftosa
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Foto divulgação Sepror |
No dia 24/05/2018 o Amazonas recebeu da
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)
em Paris (França) o certificado de área livre de febre aftosa com
vacinação. O titular da Secretaria de Produção Rural (Sepror), José
Aparecido dos Santos, destacou que o esforço do Governo do Amazonas para
essa conquista coloca a pecuária do estado em outro patamar, além de
contribuir para abertura de novos mercados para o Brasil, maior
exportador de carne bovina do mundo.
De acordo com Aparecido, a sensação é de
dever cumprido. “Foi uma longa e angustiante espera, de mais de 60 anos,
até este dia. Angústia não só pela espera, mas principalmente porque
tínhamos que dar primeiramente uma resposta ao Brasil, pois recaía sobre
nós a culpa da não certificação do Brasil Livre da Aftosa. Veio então a
determinação do governador Amazonino Mendes, para que cumpríssemos, em
tempo hábil, todos os compromissos assumidos com o Ministério da
Agricultura, para que tivéssemos a certificação nacional”, declarou.
A solenidade em Paris contou com a
presença de autoridades e representantes de 25 estados brasileiros. O
novo status sanitário, na avaliação do Ministério da Agricultura,
facilita e amplia a comercialização de carnes e animais vivos dentro e
fora do país.
“O novo status sanitário concedido por
esta renomada organização representa o reconhecimento da vitória de uma
longa e dura trajetória de muita dedicação de pecuaristas e do setor
veterinário oficial brasileiro”, disse o ministro da Agricultura, Blairo
Maggi, em discurso proferido na cerimônia de abertura da 86ª da
assembleia da OIE, no último domingo (20/05).
Sistema Sepror
O secretário Aparecido enfatizou, ainda, a
importância de cada funcionário da Agência de Defesa Agropecuária e
Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) na conquista desse
reconhecimento. “A Adaf partiu para uma luta incansável e cumpriu, com
esmero, todos os protocolos assinados, mas não honrados por outros
governantes. Assim, fomos certificados no Brasil, em dezembro de 2017.
Ainda faltava uma etapa para a Certificação Internacional, na OIE. Novamente o exército da Adaf saiu a campo, tendo chegado finalmente a
este momento glorioso para a pecuária amazonense e brasileira!”.
O diretor-presidente da Adaf, médico
veterinário Sérgio Muniz, também atribui o mérito de o Estado ter
conquistado o reconhecimento ao trabalho conjunto entre o Sistema
Sepror, prefeituras do interior, da Federação da Agricultura e Pecuária
do Amazonas (Faea) e do Ministério da Agricultura.
“Eu lembro muito bem em 2004, quando teve
o foco de febre aftosa no Careiro da Várzea, os prejuízos econômicos
que foram causados ao Brasil e aos produtores amazonenses”, afirmou
Muniz ao destacar que graças ao esforço do sistema Sepror, com a
realização de auditorias e adoção de medidas para sanar problemas do
setor, os obstáculos foram vencidos. “Chegamos hoje a essa conquista que
será um marco na nossa história. Estamos otimistas! Sabemos que o setor
pecuário amazonense já está sendo revigorado e vai crescer mais”, disse
Muniz.
Sobre a aftosa
A aftosa é uma doença que ataca rebanhos de bovinos e outros animais de casco bipartido. Seu controle facilita a abertura de mercados para exportação. O certificado atestará que a febre aftosa está controlada em todo o território brasileiro, por meio da aplicação de vacinas.
A última ocorrência de febre aftosa no Brasil foi em 2006, no Paraná e
em Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com o Paraguai. Em 2007,
Santa Catarina recebeu o reconhecimento da OIE como livre de febre
aftosa sem vacinação. Esse é o próximo status a ser buscado pelo país:
gradativamente, retirar a vacinação do rebanho até 2023, para que, até
2026, haja a certificação internacional pela OIE, de país livre de
aftosa sem vacinação
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