Bolsonaro diz que deverá indicar mulheres para compor ministério
![]() |
Mulheres brasileira (Foto: Arquivo Google) |
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (6)
que seu ministério “com certeza” terá a participação de mulheres.
Questionado sobre a ausência de mulheres entre os nomes anunciados até
agora, ele respondeu que não é o caso de trocar um dos nomes “só porque é
mulher”, mas sinalizou que pode escolher uma representante para as
pastas que ainda estão indefinidas.
"Temos cinco nomes definidos, é o caso tirar um desses e colocar uma
mulher no lugar só porque é mulher? Não sei. Tem dez ou doze vagas em
aberto, com toda certeza vai ter [mulher]", disse.
Ao lado do General Augusto Heleno, também cotado para integrar sua
equipe, Bolsonaro disse que ele pode assumir a Defesa ou o Gabinete de
Segurança Institucional (GSI). Se o General Heleno aceitar ir para o
GSI, a Defesa não será comandada por civil e poderá ter como ministro um representante Quatro Estrelas da Marinha, segundo Bolsonaro.
“Quem é que pode se dar ao luxo de se privar da companhia de uma
pessoa como o general Heleno? Eu gostaria sim, no que depender de mim,
ele irá para o GSI, mas a Defesa está aberta, se ele achar que é melhor a
Defesa, tudo bem”, comentou.
Bolsonaro disse que até o fim desta semana pode anunciar pelo menos
mais um ministro de seu governo. Segundo ele, os nomes para as pastas de
Agricultura, Meio Ambiente, Relações Exteriores e Infraestrutura já
estão "avançados".
Questionado se o General Oswaldo Ferreira será indicado para comandar
o ministério da Infraestrutura, Bolsonaro desconversou, mas não negou.
Disse apenas que ele é um engenheiro e que tem experiência na área.
Bolsonaro destacou que em todos os ministérios colocará “nomes técnicos”
que tenham relação com o setor.
“O perfil é quase o mesmo pra todo mundo, ter conhecimento da área, ser patriota, que vai voltar a ser moda essa palavra, ter iniciativa, competência e autoridade, nós queremos isso”.
O presidente eleito espera montar toda a sua equipe ministerial até o
fim do mês. Bolsonaro reafirmou que deve reduzir o número de
ministérios a 15 ou até 17 pastas e que não vai deixar para decidir “nos
45 do segundo tempo” para que o indicado tenha tempo para se adaptar
até 02 de janeiro.
Ministérios
Bolsonaro voltou a sinalizar que não vai unir as áreas que
representam o agronegócio e a ambiental. O deputado ressaltou que não se
trata de um recuo ou sinal de fraqueza. “O próprio setor do agronegócio
que queria e agora há uma certa divisão, vamos buscar realmente fazer o
melhor, agora, deixo bem claro quem vai indicar o ministro do meio
ambiente é o Jair Bolsonaro”, declarou.
Ele disse que não deve criar um ministério da Família, como foi
especulado nos últimos dias. Sem citar as pastas de Desenvolvimento
Social e Direitos Humanos, que seriam substituídas pelo suposto
Ministério da Família, disse que algumas áreas devem manter o status
de ministério. Contudo, ele voltou a defender a questão da família e
disse que é possível que o senador Magno Malta seja indicado para um dos
ministérios de sua gestão.
Na área econômica, o presidente eleito disse que o atual presidente
do Banco Central Ilan, Goldfajn, e outros técnicos do governo Temer,
poderão ser mantidos.
“Na área econômica, quem está tratando desse assunto é o Paulo
Guedes. Na Defesa tem gente nossa. Alguns nomes serão mantidos, não é
porque está no governo Temer que vamos descartar todo mundo, tem gente
boa lá. Paulo Guedes gosta dele [Ilan], mas não é questão de gostar, é
questão de competência”.
Relações internacionais
Jair Bolsonaro também comentou sobre a possibilidade de alguns países
do mundo árabe reagirem às declarações do presidente eleito, que teria a
intenção de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para
Jerusalém. Esta semana, uma visita que estava prevista do chanceler
brasileiro, Aloysio Nunes, ao Egito foi cancelada.
“Pra nós não é um ponto de honra essa decisão, agora quem decide onde
é a capital de Israel é o povo, é o estado de Israel, se eles mudaram
de local. [E o Egito], pelo que vi foi questão de agenda. Seria
prematuro um país anunciar retaliação em função de uma coisa que não foi
decidida ainda”.
Fonte: Agencia Brasil
Post a Comment